segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

GEOPOLÍTICA LINGÜÍSTICA

O PODER DA LÍNGUA

O lingüista francês Claude Hagège, professor do Collège de France de Paris, percorre o mundo estudando as diferentes línguas. Autor de vários livros, Hagège combate a atual supremacia do inglês e afirma que a atual política lingüística está condenando à morte várias línguas do mundo, devido à pressão do inglês e de outras línguas como o francês e o espanhol.

Existem hoje no mundo entre 6.000 a 7.000 línguas e a cada ano desaparecem centenas de línguas. É possível que até o ano 2100 haja apenas uma centena de línguas no mundo. Hagège comenta porém que a pressão econômica e política dos EUA é evitável e que “ não é destino do mundo unificar nossas culturas” defendendo uma sociedade multicultural e com variedade lingüística.

BILINGÜÍSMO COMO SOLUÇÃO

Para proteger as línguas, o lingüista Hagège propõe um bilingüismo onde as pessoas usem suas línguas maternas e uma outra língua qualquer, menos o inglês. Por outro lado ele afirma que a atual situação privilegiada do inglês é uma ilusão passageira que vai durar até quando os Estados Unidos continuar uma nação poderosa. E conclui que a globalização é apenas uma americanização do mundo.

"INSULTO À LATINIDADE"

Questionado sobre a preferência dos brasileiros pelo inglês e sobre a importância do idioma espanhol devido ao Mercosul, o lingüista afirmou “ o aprendizado do espanhol é mais importante para um brasileiro do que o inglês, língua de um povo bem mais distante. A americanização dos brasileiros é um insulto à latinidade.

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MANIFESTO DE CAMPINAS

(em esperanto e português)
Manifesto por um movimento esperantista laico e independente.



MANIFESTO DE CAMPINAS
Nós, participantes do movimento laico e independente em prol do esperanto,
Observando que:
Há uma falta de neutralidade religiosa no movimento tradicional esperantista no Brasil, que atualmente é subjugado e dependente da religião espírita. O Comitê de Organização do 41°Congresso Brasileiro de Esperanto (que ocorre em julho de 2006 em Campinas) se reuniu na sede de uma organização espírita em Campinas;
Notando que:
Este movimento tradicional esperantista promove congressos elitistas e de perfil pequeno-burguês, cobrando altas taxas de adesão, e desta maneira, excluindo do movimento esperantista os trabalhadores, estudantes e desempregados, sendo que congressos e alojamentos já ocorreram em quartéis e escolas militares;
Propõe que:
Os participantes da comunidade esperantista encontrem outros recursos mais democráticos de organização através da criação de coletivos independentes que sejam diferentes das atuais estruturas verticais e autoritárias encontradas no movimento esperantista tradicional e para que o movimento esperantista seja mais laico, independente, não reacionário e não conservador.

Movimento Esperantista Alternativo, Laico e Independente
Campinas, Julho de 2006
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MANIFESTO DE CAMPINAS - ESPERANTO -

Ni, gepartoprenantoj de la laika kaj sendependa komunumo pro esperanto,

Observante ke:
Estas manko de religia neútraleco en tradicia brazila esperanta movado, kiu nun estas submetita kaj dependanta de spiritisma religio. La Kongresa Komitato de la 41ª Brazila Kongreso de Esperanto (kiu okazas em Julio de 2006 em urbo Campinas) kunsidis en sidejo de spiritisma asocio en urbo Campinas;
Notante ankaú ke:
Tiu tradicia movado esperantista ankaú okazigas kongresojn elitistajn per et-burgha profilo, postulante altkostajn tarifojn, kaj tiel forpelante de la esperantista komunumo la gelaboristojn, gestudentojn kaj gesenlaborulojn, kaj ke kongresoj kaj loghejoj jam okazis en kazernoj kaj militistaj lernejoj;
Proponas ke:
La gepartoprenantoj de la esperantista Komunumo trovu aliajn rimedojn pli demokratiajn pri organizado pere de kreado de sendependaj kolektivoj kiuj estu malsimilaj de la nunaj strukturoj vertikalaj kaj ordonemaj trovataj en la esperanta movado tradicia kaj ankaú por ke la esperantista movado estu pli laika, sendependa, ne reakcia kaj ne konservativa.

Sendependa, Alternativa, kaj Laika Esperanto-Movado

Urbo Campinas, julio 2006

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O HOMEM E A LÍNGUA

O HOMEM E A LÍNGUA

A nossa ‘aurora’ é assim/ começo... desconheço... que dirá o fim/ Meu ‘Beija-Flor’ querido encontra o fóssil até então perdido/ É Carnaval... que tal... falarmos da evolução... que bom... que bom.../ Meu ancestral é um ‘barato’/ daí surgiu a confusão..../ (...) ô...ô....ô....ô..../ Mãe Negra África/ Diga quem eu sou... De onde vim/ para onde vou...” (Samba enredo do GRES Beija Flor de Nilópolis em 1996 sobre o tema: “A aurora do povo brasileiro)



“Pelo que tudo indica, a linguagem se desenvolveu historicamente quando os seres humanos tiveram que cooperar para a sua sobrevivência. Da mesma forma como criaram instrumentos necessários para uma prática de sobrevivência, desenvolveram a linguagem como forma de generalizar e transmitir esta prática”. (Lane, O que é Psicologia Social) “A Terra tem 4,5 milhões de anos, o Homo Sapiens, 120.000 anos, a escrita 5.000 anos. Ainda é cedo para a civilização e a herança dos animais racionais serem avaliadas” (“Revista Super-Interessante)

NO COMEÇO ERA O GESTO...

Um ancestral do Homo sapiens provavelmente tinha a capacidade de se comunicar por uma linguagem própria à dos homens modernos segundo estudo anunciado pela ABCNews. Parte de um crânio encontrado na ilha de Java (Indonésia) e batizado de “Madeleine” seria de um ele de transição entre o Homo erectus e o Homo sapiens.

A Análise do formato interno do crânio mostrou que o cérebro de Madeleine “possuia um grande grau de assimetria, característica encontrada em seres humanos modernos” diz Doug Broadfield, doutorando em antropologia física da Universidade da cidade de Nova York. Segundo alguns cientistas, o padrão cerebral no crânio, revela capacidade para uma linguagem proto-moderna. Há controvérsias quanto à idade de Madeleine. As hipóteses variam de 100 mil a até 1 milhão de anos. (Folha de S.P 07.09.99)

O HOMEM CRIOU A LÍNGUA E ADOROU

“A origem das línguas uma vez mais volta ao palco da discussão para os estudiosos. O que se pode dizer até agora parece muito mais plausível acreditar que a língua originou-se como um sistema de comunicação gestual, e não vocal. (...) O que os fatos sugerem é que a língua pode a princípio ter evoluído a partir de um sistema gestual numa época em que os ancestrais do homem adotaram a postura vertical, libertando com isto as mãos, o cérebro aumentando de tamanho e adquirindo potencial para a especialização de complexas funções de processamento no hemisfério dominante.

Em algum ponto, por motivos biologicamente plausíveis, o sistema gestual se teria convertido num sistema vocal, tendo subseqüentemente adquirido a propriedade da dualidade, que como vimos, permite um aumento considerável do vocabulário.

Conseqüentemente, pode ser que as propriedades características das línguas, como as conhecemos, não tenham estado presentes desde o início, e que a língua tenha evoluído de uma não-língua (John Lyons- Linguagem e Lingüística). Há quem afirme que a primeira língua os ancestrais humanos criaram durante a noite na escuridão da caverna, quando os gestos (úteis durante a luz do dia) eram irreconhecíveis no escuro. O fato é que o homem criou a linguagem e gostou tanto que nunca mais parou de falar. Dados compilados por Marcelo Siqueira de Andrade.

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